Mesmo com o país tendo mergulhado na recessão, o Banco Central decidiu manter a taxa de juros básicos inalterada, um sinal de que é a inflação elevada e não a debilidade econômica que tem guiado as ações da autoridade monetária.
Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 11% ao ano, pelo quinto mês consecutivo. Desde abril, já foram quatro reuniões do colegiado, em que os diretores do Banco Central decidiram por não alterar o principal parâmetro para os juros de curto prazo no país.
A Selic serve de referência para os juros cobrados nos financiamentos às empresas e às famílias. Ainda que a taxa esteja inalterada em 11% desde abril, os efeitos cumulativos das elevações anteriores ainda produzem impacto na economia. A taxa subiu 3,75 pontos percentuais entre abril de 2013 e de 2014.
Nesse período, saiu da mínima história, 7,25% ao ano, para o patamar atual, 11%.
Quando assumiu o governo, a presidente Dilma Rousseff pegou juros menores de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que entregou o mandato com a Selic em 10,75% ao ano.