Jornal Correio Braziliense

Economia

Fenabrave aposta em recuperação do setor de no último trimestre do ano

Perspectiva do fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 2015 também pode impulsionar as vendas em novembro e dezembro

Apesar já de registrar este ano recuo de 8,62% nas vendas, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) aposta na recuperação do setor no último trimestre do ano. Segundo a Fenabrave, um dos motivos para esse otimismo foi a proposta feita no último dia 20 pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de regulação do sistema de crédito para aumentar a segurança jurídica das instituições bancárias.

Na avaliação da Fenabrave, a perspectiva do fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 2015 também pode impulsionar as vendas em novembro e dezembro.

;Os bancos sinalizam que, se a legislação for modernizada, poderão aumentar em 20% o nível de aprovação de crédito, o que daria, talvez, umas 30 mil unidades adicionais. Multiplicado por 12, seria um número muito forte;, disse o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti.



Ele destacou que, até julho, a média do volume de crédito para carros novos ficou em 150 mil contratos por mês. Em 2012, esse volume ultrapassava 200 mil por mês. A federação, que só deve divulgar nova projeção de crescimento após as eleições, estima que o segmento feche o ano com queda de 6,48%.

Hoje (2), a Fenabrave apresentou os resultados do segmento relativos a agosto. Os números mostram que houve queda de 7,43% na venda de veículos no país. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve recuo de 16,05% na comercialização. No total, foram vendidos 404.217 veículos em agosto, com 3,333 milhões no um acumulado do ano. Em igual período de 2013, os números chegaram a 481.524 e 3,647 milhões, respectivamente. Em julho deste ano, a comercialização ficou em 436.674 veículos.

Sobre a queda de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), Meneghetti disse não esperar grande impacto desse resultado nas vendas do setor. ;Pode alterar um pouco o humor do mercado, mas as consequências desse PIB fraco já estavam acontecendo. Não é o fato de ser anunciado que vai piorar, porque já era uma realidade corrente;, ressaltou .

De acordo com a Fenabrave, a indústria automobilística representa 25% do PIB industrial brasileiro e cerca de 6% do PIB nacional.