Ao participar nesta terça-feira (19/8) do 2; Congresso Internacional do Centro Celso Furtado, no Rio de Janeiro, o diretor executivo para o Brasil do Fundo Monetário Internacional (FMI), Paulo Nogueira Batista Jr., avaliou que a criação do banco de desenvolvimento dos países que integram o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e a constituição de um fundo contingente de reservas vão fortalecer mais o grupo na esfera da governança global do que na área econômico-financeira.
[SAIBAMAIS]O economista deixou claro que as iniciativas, formalizadas pelos países emergentes que integram o Brics em Fortaleza, em julho passado, não implicam rompimento com órgãos de fomento internacionais, como o próprio FMI e o Banco Mundial (Bird). ;Nenhum desses países do Brics quer romper com Bird ou FMI, mas eles não encontram compreensão suficiente de países como os Estados Unidos quanto às mudanças que ocorreram no mundo;, observou.
O banco de desenvolvimento do Brics terá sede em Xangai, na China, e a primeira presidência será exercida por um representante da Índia. O capital inicial autorizado do banco será US$ 100 bilhões e o capital subscrito alcançará US$ 50 bilhões, que serão igualmente distribuídos entre os cinco países que integram o Brics. Os recursos vão financiar projetos de infraestrutura de países em desenvolvimento.
Já o arranjo contingente de reservas, com montante de US$ 100 bilhões, se destina a socorrer os países do bloco como uma linha adicional de defesa, no caso de enfrentarem alguma dificuldade no balanço de pagamentos.