Logo que surgiu a possibilidade de o presidenciável Eduardo Campos (PSB) estar a bordo do avião que caiu em Santos na manhã de ontem, o mercado financeiro entrou em parafuso. A confirmação da morte do candidato, por volta das 12h30, fortaleceu um clima de incertezas no cenário político, o que refletiu imediatamente na postura dos investidores. Em um dos dias mais nervosos do ano, a Bolsa despencou e o dólar, após oscilar bastante e novamente encostar nos R$ 2,30, fechou praticamente estável ante o real, valendo R$ 2,278.
Ainda no susto da notícia do acidente, o mercado voltou a sinalizar que não gosta da ideia de continuidade da atual política econômica. Desde a divulgação das primeiras pesquisas com intenção de voto, está claro que os investidores andam bastante sensíveis em relação às eleições de outubro, uma vez que o resultado das urnas definirá os rumos da economia do país. Especula-se no mercado que, se a vice na chapa do PSB, Marina Silva, assumir o lugar de Eduardo na disputa, poderá tornar o pleito mais concorrido e imprevisível.
O pernambucano Eduardo Campos, governador do estado por duas vezes, poderia representar uma ;virada de mesa; na eleição deste ano, na opinião do gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo. A reação instantânea do mercado à inesperada morte do político era inevitável, acrescenta o analista. ;Ele era o terceiro colocado nas pesquisas, mas, mesmo sendo desconhecido para muitos, exercia influência no jogo político. Sem Eduardo, as incertezas se
intensificam, e o mercado logo percebeu isso;, argumenta.
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