Ainda sem o impacto dos sucessivos empréstimos às distribuidoras e do uso das térmicas, os reajustes nas tarifas de energia já atingem 51,6 milhões de consumidores em todo o país e, em alguns estados, passam de 30%. Em julho, o aumento nas contas de luz teve o maior impacto de alta na inflação e contribuiu com 0,12 ponto percentual para a taxa de 0,01% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora da pesquisa de preços do IBGE, a variação de 4,52% foi influenciada pelas altas nas regiões metropolitanas de Curitiba, São Paulo, Recife, e Porto Alegre.
Além de assustar os consumidores, a pressão provoca ações na Justiça e mobiliza entidades de classe. Isso porque os aumentos ainda nem acabaram. As distribuidoras de Brasília (CEB), Espírito Santo, Alagoas, Maranhão, Piauí, Paraíba, Goiás, Amazonas, Roraima, Rio de Janeiro, Amapá, Rondônia, Acre e Sergipe têm reajustes programados até o fim do ano.
Como se não bastasse, em 2015, a conta vai ficar ainda maior por causa do repasse aos consumidores dos empréstimos tomados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para cobrir o rombo das distribuidoras, que já somam R$ 17,8 bilhões, e da contínua geração termelétrica desde 2013, que é mais cara.
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