Jornal Correio Braziliense

Economia

Custo da eletricidade dispara e é fixado em R$ 817,23 o megawatt por hora

A alta sinaliza que nem o segundo empréstimo de R$ 6,5 bilhões para reforçar o caixa das companhias expostas aos valores elevados do Preço de Liquidação das Diferenças saiu do papel

O preço da eletricidade voltou a disparar e acendeu novo alerta para as distribuidoras. O chamado Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) desta semana foi fixado em R$ 817,23 o megawatt/hora (MWh) pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A alta sinaliza que nem o segundo empréstimo de R$ 6,5 bilhões para reforçar o caixa das companhias expostas aos valores elevados do PLD saiu do papel e novo financiamento deverá ser necessário até o fim do ano.

Conforme a CCEE, o valor médio do PLD ficou em R$ 809,43, um avanço de 39% sobre o da semana passada. O volume menor de chuvas e a manutenção de termelétricas e de hidrelétricas são apontados como justificativa para a alta.



Por ter passado grande parte do primeiro semestre no teto histórico de R$ 822,83, o indicador foi o grande vilão do setor. Descobertas em leilões passados, quando o governo estipulou limite de preço muito baixo e não atraiu geradoras dispostas a contratar a energia, as empresas se viram obrigadas a recorrer ao mercado de curto prazo. Para cobrir o rombo gerado, a CCEE contraiu empréstimo com 13 bancos de R$ 11,2 bilhões, suficiente só até abril último.

;O que ninguém esperava é que o PLD voltasse a encostar no teto. Mesmo que a exposição das distribuidoras não tenha aumentado, ficou mais cara;, alertou o gerente de regulação da Safira Energia, Fábio Cuberos. Na avaliação do presidente da Associação Brasileira das Companhias de Energia Elétrica (ABCE), Alexei Vivan, o PLD não deve ceder. ;Tendência de baixa só no ano que vem;, lamentou.