Jornal Correio Braziliense

Economia

Conselho Monetário Nacional aumenta em R$ 2 bilhões o crédito para pecuária

O volume de recursos para essa finalidade poderá chegar a R$ 5,8 bilhões no ano agrícola 2014/2015, segundo o Banco Central

Os investimentos em pecuária terão R$ 2 bilhões a mais de crédito direcionado (empréstimos com destinação determinada pelo Banco Central). O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje (31) resolução que obriga as instituições financeiras a oferecer até 9% das exigibilidades dos recursos à vista depositados para o setor.

A exigibilidade representa um volume dos depósitos que os bancos são obrigados a emprestar a determinados setores da economia. Até agora, não havia exigibilidade para o crédito de investimento em pecuária.



[SAIBAMAIS]

Segundo o Banco Central, o volume de recursos para essa finalidade poderá chegar a R$ 5,8 bilhões no ano agrícola 2014/2015. No ano safra 2013/2014, os financiamentos para a pecuária contratados por meio de crédito direcionado haviam somado R$ 3,8 bilhões, embora não houvesse obrigação específica de destinar empréstimos para o setor.

Linhas de crédito


O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje (31) novas linhas de crédito para a pecuária, com a intenção de estimular a manutenção e aquisição de matrizes reprodutoras e aumentar a oferta de carne. São três linhas, cada uma com possibilidade de empréstimos até R$ 1 milhão por beneficiário. Duas estão relacionadas a matrizes e reprodutores, a fim de que o alto nível de abate não resulte em escassez de bezerros. Outra é para a compra de bovinos destinados a engorda e confinamento.

As linhas de crédito para matrizes e reprodutores oferecem até dois anos de carência. Uma financia a retenção das matrizes bovinas, com prazo de pagamento até três anos, e a outra é para a compra de reprodutores e matrizes bovinas e bubalinas (búfalos), com prazo de pagamento até cinco anos. A linha de crédito destinada à aquisição de bovinos não oferece carência, e tem prazo de seis meses para pagamento.