Os presidentes dos três maiores bancos privados do país aplaudiram as medidas de estímulo ao crédito, anunciadas ontem pelo Banco Central (BC). Ele foram unânimes em aprovar a redução em exigências em depósitos compulsórios e nos requerimentos de capital para certas operações de financiamento. As mudanças têm potencial de injetar R$ 45 bilhões na economia e chegam em um momento em que as operações de crédito se aproximam da menor expansão em 11 anos, em meio à frágil atividade econômica, baixa demanda por financiamentos e ao fato de as instituições financeiras estarem mais cautelosas, evitando ampliar o nível de inadimplência.
;As medidas são muito positivas e terão efeito sobre a percepção dos bancos;, disse o presidente executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, ressaltando, contudo, que elas ;não são de hoje para amanhã;. Em comunicado, o presidente executivo do Santander Brasil, Jesús Zabalza, mostrou-se otimista: ;Avaliamos que (as medidas) devem ter reflexos positivos sobre a atividade econômica;. ;Vejo de forma positiva as iniciativas, pois criam condições de aumentar o crédito em alguns segmentos do mercado onde a liquidez estava menos folgada;, afirmou o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, também em comunicado à imprensa.
Performance
Bradesco e Santander Brasil inauguram, na próxima quarta-feira, a temporada de divulgação de resultados do setor bancário brasileiro no segundo trimestre. Previsões preliminares de analistas apontam que as instituições privadas devem apresentar nova rodada de crescimento fraco dos financiamentos. Entre as medidas anunciadas pelo BC para tentar reverter esse quadro está a permissão para que até metade do recolhimento compulsório sobre depósito a prazo seja cumprido com novas operações de crédito e na compra de carteiras diversificadas (pessoas jurídicas e físicas).
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