A presença dos líderes sul-americanos no segundo dia da 6; Reunião Cúpula do Brics ameniza possíveis indisposições regionais provocadas por rumores de que o Brasil estaria se afastando do continente e priorizando negociações e acordos com o bloco, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Nesta quarta-feira (16/7), os doze países da América do Sul participam das discussões, no Palácio Itamaraty, em Brasília. O encontro começou com atraso de uma hora, em função do atraso de algumas delegações.
Dilma reforçou a previsão de que, num primeiro momento, os países que não compõem o bloco não poderão se beneficiar diretamente da instituição recém-criada, mas ;quero dizer que o banco sequer foi formado. Sempre olharemos com muita generosidade os nossos empréstimos. Eles serão feitos com padrão de boa gestão. Ninguém vai sair por aí [emprestando] nem é este o papel do banco do Brics. De fato ele [o banco] reflete um mundo mais multipolar;, declarou a presidenta.
Na prática, as operações do banco não devem impactar imediatamente nem mesmo o bloco, já que os empréstimos só devem estar disponíveis em dois anos, depois que os parlamentos de cada um dos quatro países aprovar a criação e as regras da instituição.
Às 13h30, a presidenta Dilma Rousseff oferece um almoço em homenagem aos chefes de Estado que participam do encontro e à noite, com o fim da Cúpula do Brics, os líderes devem participar de um coquetel oferecido pelo governo brasileiro no Itamaraty.
Amanhã, o Itamaraty segue com a agenda de encontros com líderes que ainda permanecerão em território brasileiro. Além dos sul-americanos, o trabalho será ampliado com os representantes do Quarteto da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), formado por Chile, Antígua Barbuda, Cuba e Costa Rica.