A Copa do Mundo acaba neste domingo, mas o país continuará sob os holofotes nesta semana, quando ocorre a VI Cúpula dos Brics, grupo de nações emergentes integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que tem o claro objetivo de tornar-se um contraponto às potências do Ocidente. A aposta do governo de Dilma Rousseff é de que, mesmo sem a taça de campeão nos campos de futebol, o Brasil seja palco de importantes acordos comercias e de investimentos para dar novo impulso à combalida economia nacional. Amanhã, a presidente assinará acordos com a Rússia, hoje o maior comprador de carnes bovina e suína do país.
As demonstrações do poder dos Brics já serão dadas a partir de hoje, com a presença de vários chefes de Estado no Rio de Janeiro, para assistir à partida final da Copa entre Alemanha e Argentina. A chanceler alemã, Angela Merkel, terá encontro privado com o presidente russo, Vladimir Putin, muito provavelmente para tratarem da crise na Ucrânia. Ela ainda conversará informalmente com Dilma e deve estreitar o diálogo com o presidente chinês Xi Jinping, o qual visitou recentemente. A Alemanha não vive seu melhor momento nas relações com os Estados Unidos, devido a denúncias de espionagens a integrantes do governo alemão. E se aproximar de China e Rússia é uma demonstração da contrariedade de Merkel com a Casa Branca.
Os encontros vão se estender por Fortaleza, sede da cúpula, e Brasília. ;Sempre há um esforço do chefe de governo, quando o ambiente interno não é tão favorável, de se capitalizar politicamente com ações internacionais. Mas tendo em vista a distância temporal entre a cúpula e as eleições, não creio que a candidata petista terá ganho de imagem;, avalia Creomar Souza, professor de relações internacionais da Universidade Católica de Brasília. ;O que permitiria uma capitalização eleitoral seria o anúncio de algum grande pacote de obras em setores estratégicos com recursos dos Brics;, completa.
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