A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 6,52% no acumulado de 12 meses até junho. Com isso, a carestia estoura o teto da meta, de 6,5%, definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). É a 11; vez que o custo ultrapassa o limite de tolerância durante o governo Dilma Rousseff. Em junho, a inflação cravou 0,40%, ficando no teto das previsões do Ministério da Fazenda. O índice foi divulgado nesta terça-feira (8/7), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estouro da meta se deu mesmo com a deflação de 0,11% nos preços dos alimentos. Em maio, o grupo alimentação havia ficado 0,58% mais caro. Dos produtos que contribuíram para a deflação, segundo o IBGE, a batata-inglesa, que caiu 11,46%, e o tomate, com baixa de 9,58%.
O que mais pesou para a inflação foi o grupo de despesas pessoais, com alta de 1,57%. Sozinho, esse grupo respondeu por quase a metade do IPCA de junho. Apesar do estouro do teto da meta de inflação não há, no entender do mercado financeiro, qualquer possibilidade de o Banco Central (BC) elevar a taxa básica de juros (Selic) na reunião da semana que vem do Comitê de Política Monetária (Copom). O BC, neste momento, está mais preocupado com a forte desaceleração da atividade econômica.