Em queda livre, a atividade industrial brasileira já entrou em ritmo de recessão. Com a produtividade menor e a ociosidade das fábricas avançando, o indicador de Utilização de Capacidade Instalada (UCI), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), voltou a cair, pelo quarto mês seguido, e registrou 80,7% em maio. O percentual confirma, desde março, o pior nível desde julho de 2009, ano em que o país mais sentiu as turbulências da crise econômica global. Naquele mês e em agosto seguinte, o índice ficou estagnado, registrando 80,5%.
Mas não foi só a capacidade instalada que caiu. Com a exceção do faturamento real, que cresceu 0,3% de maio a abril, todos os outros índices tombaram. Sem uma demanda alta, as horas trabalhadas na produção caíram 0,4%. O emprego, a massa salarial e o rendimento médio mensal do trabalhador também encolheram, respectivamente 0,3%, 0,9% e 0,2%. De 21 segmentos pesquisados, só seis registraram crescimento da capacidade instalada.
Para o gerente executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, o maior problema enfrentado pela indústria é a baixa competitividade do mercado nacional e a falta de investimentos. ;A produtividade já não cresce há alguns anos. Apesar disso, o salário real vem crescendo e isso faz com que o custo do mercado de trabalho cresça no Brasil. O setor teve uma compensação pela desvalorização do real nos últimos anos, mas está cada vez menos confiante;, afirmou.
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