A falta de dinamismo da economia está batendo no mercado de trabalho. Em maio, foram abertas 58,8 mil vagas com carteira assinada, o pior resultado para o mês desde 1992. Em relação a igual período do ano passado, o recuo na criação de empregos com carteira assinada foi de 18,3%, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O fraco desempenho da indústria de transformação, que fechou 28,5 mil postos, comandou a frustração. O governo previa pelo menos 100 mil contratações no mês passado.
Na tentativa de mostrar otimismo, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse ter esperança de que a indústria reaja, ampliando as vagas, diante da prorrogação de incentivos fiscais, anunciada na semana passada pela presidente Dilma Rousseff. Ele destacou ainda que o fraco resultado do mercado formal de trabalho em maio deve ser visto com ressalvas, uma vez que houve uma forte antecipação das contratações em fevereiro, por causa da Copa do Mundo. Muitas empresas, sobretudo do comércio, se adiantaram para treinar mão de obra e garantir bons serviços durante os jogos. Essa mesma justificativa foi apresentada para os números ruins de março e abril.
Para o ministro, está na hora de espantar o pessimismo da economia, que está inibindo a abertura de postos de trabalho. Ele admitiu, porém, que não esperará uma mudança de postura dos empresários e vai rever, para baixo, a estimativa de criação de empregos neste ano, inicialmente entre 1,4 milhão e 1,5 milhão de vagas. ;Independentemente do número menor, é importante ressaltar que o Brasil vive o pleno emprego e o que estamos vendo é uma natural demanda menor por mão de obra;, assinalou. ;O atual governo criou 5 milhões de vagas. E vamos continuar criando. Mantivemos uma ótima média mensal de 123 mil postos. Apesar da falta de empregos no mundo, o Brasil mantém sua trajetória positiva;, emendou.
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