Cerca de 300 componentes da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Pará (Fetraf) e do Movimento dos Sem Terra (MST) fazem nesse momento uma manifestação em frente á sede do Ministério do Planejamento, no Bloco K, da Esplanada, reivindicando melhoria na infraestrutura para o trabalho da terra; desapropriação de fazendas improdutivas, prometida pelo governo; e liberação de crédito para o setor. Eles tentaram uma audiência com a ministra Miriam Belchior, mas até agora não foram recebidos.
Segundo Viviane Ferreira de Oliveira, coordenadora da Secretaria da Mulher da Fetraf, o Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) liberou R$ 47 milhões para os agricultores, mas esse valor está defasado, desde 2010. ;Naquela época, seria suficiente. Mas há uma demanda reprimida de quatro anos. Precisamos que, além desses R$ 47 milhões, sejam liberados mais R$ 30 milhões para cobrir nossas necessidades atuais;, ressaltou Viviane. Ela reclamou também que o governo fechou todas as possibilidades de crédito, alegando que era preciso rever a legislação, e acabou abandonando o assunto.
Os agricultores aguardam a presença do presidente do Incra, Carlos Mário Guedes de Guedes, ao Pará, no próximo dia 24 de maio. ;Vamos provar a importância da agricultura familiar para o país e mostrar como é produtivo olhar para nós. Como é possível o governo gastar bilhões com hidrelétricas e não levar pelo menos mais R$ 30 milhões para investir em infraestrutura;, lamentou Viviane.