Jornal Correio Braziliense

Economia

Ministro Guido Mantega diz que não estuda novo aporte para energia

Os recursos inicialmente previstos no orçamento para este ano da Conta de Desenvolvimento Energético para equalizar o aumento do custo da tarifa com o uso das usinas térmicas eram de R$ 9 bilhões

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avisou que o governo não estuda aumentar os aportes do Tesouro Nacional para o setor energético. Mas a decisão final dependerá de um acompanhamento nos próximos meses. ;No momento não vejo necessidade de um novo aporte. Estamos observando mês a mês, dia a dia de modo a garantir o pleno funcionamento do setor de energia;, afirmou. Os recursos inicialmente previstos no orçamento para este ano da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para equalizar o aumento do custo da tarifa com o uso das usinas térmicas eram de R$ 9 bilhões, mas o governo anunciou um aporte de mais R$ 4 bilhões no início deste ano.



[SAIBAMAIS]Na avaliação do ministro, a situação dos reservatórios está melhorando. ;Vocês deixaram de noticiar porque melhorou;, disse ele aos jornalistas acrescentando que, com esses recursos, o problema das distribuidoras já foi ;equacionado;. ;O preço da energia já está caindo. O regulado pela agência de energia (Aneel) está se reduzindo. Isso significa que há mais capacidade energética sendo gerada e mais água em vários reservatórios, não necessariamente em todos;, completou.

Preocupação

Qualquer medida do Congresso Nacional que aumente o custo do poder público tem tirado o sono de Mantega. ;Estamos sempre preocupados, mas temos conseguido evitar a aprovação de projetos de lei que aumentem os gastos do governo. Tem havido compreensão de que não podemos aumentar as despesas;, disse o ministro que esteve reunido ontem com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e também com os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado, para barrar uma emenda constitucional da magistratura, que elevaria o custo de R$ 900 milhões para R$ 2,5 bilhões para os estados. Isso teria um efeito em cascata para o funcionalismo."Todo projeto que aumenta as despesas preocupam o governo. Vamos trabalhar para que eles não sejam aprovados", avisou o ministro.