O Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentou queda de 5,1% em maio sobre abril, passando de 95,6 para 90,7 pontos, na pior marca desde dezembro de 2008 (-9,2%). Esse nível está bem abaixo da média histórica (105,5 pontos) apurada na pesquisa Sondagem da Indústria de Transformação.
Os entrevistados manifestaram-se mais pessimistas tanto em relação ao momento atual quanto ao desempenho previsto no curto prazo. Houve recuos de 5,1% no Índice da Situação Atual (ISA) que atingiu 92,3 pontos, e de 5% no Índice de Expectativas (IE) com 89,2 pontos. Para 8,3% dos consultados, a demanda do mercado está forte ; proporção inferior à medição passada (11,5%). Os que classificaram a demanda como fraca passaram de 17,3% para 21%.
Quanto à avaliação sobre o que os industriais esperam para os próximos três meses, o indicador apontou a quarta redução seguida, de 7%, no mais baixo nível desde 2009 (100,3 pontos). Das 1.219 consultadas, 22,4% disseram que acreditam em aumento da produção ante 27,1% que tinham essa mesma opinião, em abril. Já a parcela que prevê uma produção menor cresceu de 12% para 15,3%.
O levantamento mostra ainda ter ocorrido um ligeiro aumento no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), de 84,1% em abril para 84,3% em maio.