Jornal Correio Braziliense

Economia

Índice de Confiança da Construção cai 8,7% no trimestre encerrado em maio

Esta é a maior queda desde agosto de 2012 (-9,8%)

O Índice de Confiança da Construção (ICST) da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentou queda de 8,7% no trimestre encerrado em maio de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado. É a maior queda desde agosto de 2012 (-9,8%). Em março, houve redução de 3,3% e em abril, de 5,9%.

O resultado foi influenciado pelo Índice de Expectativas (IE-CST), que passou de -7,7%, no trimestre finalizado em abril, para -11,4%, no encerrado em maio ; a maior queda da série nessa base de comparação. No mês, a variação passou de -12,2% em abril para -13,4% em maio.

Já o Índice da Situação Atual (ISA-CST) passou de -3,7%, no trimestre encerrado em abril, para -5,3%, no que terminou em maio. Essa é a maior variação desde dezembro de 2013 (-6,2%). Quando avaliados os meses, o índice passou de -8,9%, em abril, para -5,2%, em maio.


De acordo com a análise da FGV, a piora nos dois últimos meses foi mais acentuada nas expectativas do que nas percepções sobre a situação atual dos negócios. ;O resultado geral da pesquisa sugere que o nível de atividade do setor vem desacelerando ao longo do segundo trimestre de 2014 e que as perspectivas do setor são pouco favoráveis para o restante do ano;, diz o estudo.

Dos 11 segmentos pesquisados, oito apresentaram queda comparação trimestral. Os destaques negativos foram os segmentos de preparação do terreno, cuja taxa passou de 2,7%, em abril, para -5,2%, em maio; obras de arte especiais e outras obras do tipo, de -5,8% para -10,4%; e instalações de sistema de ar condicionado, com taxas de -3,8% e -7,6%, respectivamente, nos mesmos períodos.

O quesito que mede a percepção das empresas quanto à situação dos negócios para os próximos seis meses foi o que exerceu maior influência negativa sobre o IE-CST. A variação interanual trimestral deste quesito passou de -7,5%, em abril, para -11,7%, em maio. A proporção de empresas prevendo aumento no trimestre terminado em maio de 2014 é de 31,4%, contra 43,0% há um ano, enquanto a parcela das que estão prevendo piora foi de 8,4%, contra 3,7%, em maio do ano anterior.