A coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci, considera os preços abusivos, por se tratar de lanchonetes populares. ;A Infraero que fez o leilão dos estabelecimentos e estipulou o preço de 15 itens. Ela deveria fiscalizar os preços. Quem sai no prejuízo é o consumidor;, observou. ;O consumidor muitas vezes nem sabe que há preços tabelados e que há lanchonetes populares no aeroporto por falta de fiscalização. Caso ele se sinta prejudicado, pode registrar queixas diretamente na Infraero e no Procon mais próximo;, esclareceu.
A Proteste encaminhou um ofício à Infraero solicitando mais fiscalização nas lanchonetes populares. Além disso, a associação propôs a criação a instalação dessas lanchonetes mais baratas nos aeroportos que ainda não possuem.
A Infraero não explicou porque não há fiscalização sobre as lanchonetes populares que não cumprem a tabela estabelecida pelo ógão. Em nota, a Infraero afirmou que "os preços são fixados anualmente com base em pesquisa de mercado que leva em conta estabelecimentos de perfil similar, inclusive fora do aeroporto". Sobre os produtos que não fazem parte da lista da Infraero, a administradora afirmou que os produtos "podem ter os preços determinados livremente pelo estabelecimento comercial". "Quanto à qualidade do produto, a Infraero esclarece que realiza fiscalizações periódicas para garantir que os itens ofertados estejam de acordo com padrões de qualidade estabelecidos em prática de mercado. Além disso, o consumidor pode utilizar os canais de atendimento ao público (Ouvidoria) para fazer suas sugestões e reclamações", diz o texto.