O Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace) para o Brasil subiu 0,1% em março, comparado a fevereiro, e alcançou 124,9 pontos, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), feita em parceria com o The Conference Board (TCB).
A alta foi puxada por três dos oito componentes do índice, com melhores resultados no mercado de ações e no comércio exterior. ;Porém, a volatilidade do índice no curto prazo sugere, no melhor cenário, um crescimento econômico brasileiro modesto no futuro próximo;, ressalta o economista do Ibre-FGV, Paulo Picchetti.
Para Ataman Ozyildirim, do TCB, apesar do Iace ter apontado melhora, a economia não deverá se reaquecer imediatamente. ;Não estamos de volta a um cenário de aceleração. A combinação de um crescimento global fraco mais a redução gradual da política de quantitative easing (estímulo monetário) nos Estados Unidos não oferece esperanças de que o ritmo de crescimento possa acelerar nos próximos meses", avaliou o economista.
Em sentido contrário, o Indicador Coincidente Composto da Economia (Icce) do Brasil, medido na mesma pesquisa, caiu 0,2% em março, ficando em 129,1 pontos. O resultado vem após duas altas consecutivas ; 0,1% em fevereiro e 0,9% em janeiro. Segundo Picchetti, a queda está relacionada ao desempenho fraco da produção industrial.
Elaborado a partir de uma parceria entre o Ibre-FGV e o TCB, o Iace para o Brasil foi lançado em julho de 2013. O indicador permite uma comparação direta dos ciclos econômicos do Brasil com os de outros 11 países. O The Conference Board é uma instituição independente, sem fins lucrativos, de atuação global em pesquisas e seminários sobre negócios.