Os consumidores sabem que, apesar da decisão do governo de manter os preços dos combustíveis congelados na Petrobras, na bomba, a situação é bem diferente. Desde a metade do mês passado, a gasolina já ficou 2,26% mais cara no Distrito Federal. O derivado do petróleo está sendo vendido a R$ 3,16 o litro ante os R$ 3,09 observados há duas semanas. Na opinião do procurador jurídico José Alberto Cabral, 61 anos, o reajuste foi muito maior. Ele contou que abastece seu carro toda semana e gasta aproximadamente R$ 500 por mês. ;No início do ano, tinha uma despesa 30% menor que a de agora. Mas, infelizmente, não temos como fugir. Os preços são os mesmos em todos os lugares, como se houvesse uma combinação entre os postos;, assinalou. ;O pior é que não acredito em melhora da situação tão cedo. Outros aumentos virão;, desabafou.
O pessimismo do procurador é compartilhado pelo guia turístico Juan Hermida, 52. Ele gasta, semanalmente, cerca de R$ 70 com combustível e sente o peso no bolso. ;Estou desembolsando pelo menos R$ 20 a mais todos os meses. Os postos têm uma estratégia para não chamar a atenção: vão aumentando em centavos, o que parece pouco. Mas, depois de um tempo, faz muita diferença; enfatizou. Diante desse quadro, ele está sendo obrigado a reajustar os seus serviços. ;A clientela anda reclamando muito. Mas não tem como ser diferente. Preciso repassar a alta de custos;, lamentou.
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