Alheios aos números e à interpretação deles, os mais pobres perceberam, muito a contragosto, que a vida não seguiu melhorando no ritmo que se esperava. ;Afundamos porque acreditamos demais que as coisas continuariam bem. Foi uma ilusão;, desabafa Luzia Maria Araújo Landim, 61 anos. Em três anos, a loja de cortinas dela, em parceria com a irmã, Maria Luiza, 59, foi do sucesso ao que ela mesma chama de fracasso, embora não deixe de acreditar em uma reviravolta. ;Tenho esperança, não posso deixar de ter;, comenta a microempresária.
Juntos há dois anos, quase a idade do filho do casal, os jovens Matheus Alves Cardoso, 18, e Alessandra de Sousa, 16, sofrem as consequências de um entusiasmo não concretizado. ;Parece que da noite para o dia, tudo mudou;, diz o provedor da casa, que conseguiu um emprego no dia em que conversou com o Correio. Sem transporte público fácil onde mora, no Condomínio Sol Nascente, a segunda maior favela do Brasil, ele vai encarar 30 minutos de pedalada, durante a madrugada, até o novo local de trabalho, uma fábrica de embalagens.
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