Roma - Os preços dos alimentos no mundo em fevereiro registraram a maior alta mensal (%2b2,6%) desde meados de 2012 em consequência das condições climáticas e da demanda crescente demanda, segundo a FAO.
Apesar da alta (a 209,1 pontos, ou seja, %2b5,2 pontos em um mês), os preços permanecem a um nível inferior ao do ano passado na mesma época, destaca em um comunicado a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
O índice da FAO mede a variação mensal das cotações internacionais de uma cesta de bens alimentícios. Para a FAO, a alta não está vinculada apenas à situação dos cereais, do milho e do trigo, que subiram em parte pela crise na Ucrânia.
[SAIBAMAIS]
O aumento dos preços afeta todos os grupos de produtos, exceto a carne, que registrou leve queda. Os maiores aumentos desde janeiro foram constatados no açúcar (%2b 6,2%) e óleos (%2b 4,9%), seguidos pelos cereais (%2b 3,6%) e laticínios (%2b 2,9%).
A FAO cita vários fatores para explicar o fenômeno e o relativiza. O preço dos cereais também aumentou por preocupações sobre as colheitas de trigo nos Estados Unidos após o inverno rigoroso no país, assim como pela forte demanda de cereais secundários tanto para a alimentação animal como para os agrocombustíveis.
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Sobre o açúcar, a culpa é atribuída aos "danos causados às colheitas pelo tempo seco no Brasil e às recentes previsões de uma potencial queda da produção na Índia". Mas, no conjunto, os preços permanecem inferiores em 18,8% na comparação com fevereiro de 2013.