Com a confiança abalada e sem sinais de recuperação após declínios surpreendentes, a indústria segue com dados negativos. O emprego no setor recuou 1,1% em 2013, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2012, o resultado tinha sido de queda de 1,4%. Na passagem de novembro para dezembro de 2013, houve queda de 0,3%. Na comparação com dezembro de 2012, o emprego industrial apontou uma queda de 1,7%, o 27; resultado negativo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde setembro de 2012, quando teve redução de 1,9%.
[SAIBAMAIS]O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria fechou o ano de 2013 com redução de 1,3%. A queda, no entanto, foi menos intensa do que a observada no fechamento de 2012, de 1,9%. Na passagem de novembro para dezembro de 2013, o número de horas pagas, já descontadas as influências sazonais, ficou estável (0 0%), após ter avançado 0,3% em outubro e recuado 0,4% em novembro. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral das horas pagas também ficou estável (0,0%) no trimestre encerrado em dezembro. Em relação a dezembro de 2012, o número de horas pagas recuou 2,1% em dezembro de 2013, a sétima taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação.
Folha de pagamento avança 1,2%
O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria fechou 2013 com aumento de 1,2%, segundo o IBGE. Houve taxas positivas em dez dos 14 locais pesquisados.
A contribuição positiva sobre o total da indústria foi registrada em São Paulo (1,0%), seguido por Região Norte e Centro-Oeste (3,6%), Rio de Janeiro (2,6%), Rio Grande do Sul (2,1%), Santa Catarina (2,5%), Minas Gerais (1,2%) e Paraná (0,7%). Na direção oposta, houve queda na Região Nordeste (-1,4%), Pernambuco (-4,2%), Bahia (-1,4%) e Espírito Santo (-1,1%).
Na passagem de novembro para dezembro do ano passado, a folha de pagamento real ajustada sazonalmente recuou 0,7%, após assinalar crescimento de 2,7% no mês anterior. Em dezembro, houve influência negativa tanto do setor extrativo (-3,1%) quanto da indústria de transformação (-0,8%). Na comparação com dezembro de 2012, o valor da folha de pagamento real teve queda de 2,9%, no segundo resultado negativo consecutivo.