Jornal Correio Braziliense

Economia

Agentes da PF fazem paralisação e pedem melhores condições de trabalho

Em Brasília, os agentes estão concentrados em frente ao edifício sede da Polícia Federal

Mais de 6,5 mil agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal aderiram nesta terça-feira (11/2) ao dia de paralisação proposto pela Federação Nacional dos Policiais Federal (Fenapef) e pelos sindicados da categoria nos 26 estados e no Distrito Federal em protesto por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. De acordo com o presidente da Fenapef, Jones Leal, a paralisação, no entanto, não atinge serviços como emissão de passaporte, plantão nas delegacias e fiscalização nos aeroportos.



;O salário é apenas um dos itens que compõe as nossas reivindicações. Na verdade, o que mais atrapalha a situação do policial federal hoje é o assédio moral, falta de efetivo, colegas doentes, falta de gestão no órgão. A nossa pauta com o governo é gigantesca;, frisou o presidente da Fenapef.


Jones Leal disse que há um ;mito; de que os policias federais recebem altos salários. Segundo ele, atualmente, um agente da PF recebe, em média, R$ 5,5 mil líquidos. ;É um salário razoável, mas o policial tem o risco de morte, dedicação exclusiva, vai para uma fronteira, onde terá que alugar um imóvel e também se distanciar da família. Ou seja, com isso, logo após assumir as lotações, os novos agentes estão abandonando a carreira;, alertou.

Procurada, a direção da Polícia Federal informou que não vai se manifestar sobre a paralisação. Já o Ministério da Justiça, que na semana passada informou que não tinha gerência sobre questões salariais, enviou nota à Agência Brasil informando que as reivindicações salariais da Polícia Federal são de responsabilidade conjunta das pastas da Justiça e do Planejamento.