A expectativa sobre a decisão do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, de reduzir a injeção mensal de recursos na economia mexeu com os principais mercados globais ontem. No Brasil, o corte dos estímulos para US$ 65 bilhões, embora já esperado, manteve o dólar em alta pelo terceiro dia consecutivo. A divisa chegou a ser negociada acima de R$ 2,45 durante o pregão, mas terminou fechando a R$ 2,437, com avanço de 0,41% em relação à sessão anterior.
[SAIBAMAIS]A forte volatilidade dos negócios levou muitos investidores a testar o Banco Central para saber até que ponto a autoridade monetária permitirá o fortalecimento da divisa norte-americana. Em 22 de agosto do ano passado, quando a cotação chegou aos R$ 2,438, o BC deu início à política de venda diária de dólares no mercado futuro, mantida até hoje. Desde então, se não conseguiu interromper a tendência de alta do câmbio, a estratégia evitou que o real entrasse em queda livre.
Desta vez, com o ambiente de negócios contaminado também pelas dificuldades enfrentadas por vários países emergentes, o nervosismo voltou com toda a força. Por conta disso, no fim da tarde, o BC anunciou que fará amanhã um leilão para renovar o vencimento de contratos de câmbio no valor de US$ 2,3 bilhões. O montante é o dobro do que a autoridade monetária costumava rolar em operações desse tipo feitas no ano passado. Pela manhã, como previsto, o BC vendeu o equivalente a US$ 197,2 milhões por meio dos cotidianos contratos de swap cambial.
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