Davos - O ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (24/1) em Davos que, em sua opinião, a forte desvalorização do peso argentino não irá impactar a economia do Brasil. Ao ser questionado pela imprensa sobre seus temores sobre o possível impacto da forte queda do peso na quinta-feira, Mantega respondeu que "isso faz parte das flutuações" dos mercados.
[SAIBAMAIS]"Acredito que não terá incidência no Brasil", acrescentou o ministro. Indagado pela AFP ainda no Fórum Econômico Mundial de Davos, Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, segundo maior banco privado do Brasil, descartou qualquer impacto no comércio e na economia brasileiras. O dirigente destacou que "os fundamentos das duas economias são muito diferentes".
O peso argentino, que vem sendo desvalorizado desde o início de 2013, sofreu uma queda de 13,9% entre quarta e quinta-feira, a maior desde 2002. O governo argentino afirmou que foi ele quem administrou essa queda, e surpreendeu nesta sexta-feira ao permitir os particulares a compra de divisas, retirando uma restrição vigente desde 2011.
Segundo a presidência argentina ,sua política de forte desvalorização alcançou seu objetivo com uma taxa de câmbio de oito pesos por dólar, consolidada no fechamento de quinta-feira. Segundo dados do Banco Central argentino, as reservas internacionais eram inferiores a 30 bilhões de dólares na semana passada, o nível mais baixo desde o final de 2007.