As previsões para o desempenho do Brasil não param de piorar. Ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) derrubou as projeções de crescimento do país em 2014, de 2,5% para 2,3%, e em 2015, de 3,2% para 2,8%. Por si só, essa já seria uma notícia ruim. Mas o organismo ainda deixou claro que navegamos na contramão do resto do mundo: enquanto a economia global deve registrar expansão de 3,7% neste ano, maior que a prevista anteriormente, com custo de vida menor, caímos na armadilha do baixo crescimento com inflação alta.
Apesar da revisão para baixo, as estimativas do FMI ainda são mais otimistas do que as do mercado financeiro, que não enxergam alta maior do que 2% na produção brasileira neste ano. O estudo Panorama Econômico Global, divulgado ontem, considera também que o avanço da economia verde e amarela ficará abaixo da média calculada para a América Latina, de 3% em 2014, e de 3,3% no ano que vem. Segundo o relatório, o país já ficou para trás em 2013, quando avançou 2,3%, menos que os 3% projetados para o resto do mundo.
Nos próximos anos, o Brasil ainda estará na lanterna entre as nações emergentes que integram o anagrama Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), denominação criada pelo Banco Goldman Sachs para designar os países em desenvolvimento que, na década passada, mostravam crescimento acelerado. De acordo com o relatório, várias economias emergentes, apesar de se beneficiarem da recuperação da demanda externa dos países desenvolvidos e da China, ainda estão com seus mercados internos evoluindo menos do que o esperado. É o caso do Brasil, em particular, e da Rússia.
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