Governo e instituições financeiras insistem no modelo antigo da chamada ;prova de vida;, mesmo com recorrentes problemas envolvendo idosos impossibilitados ; por doença ou dificuldade de locomoção ; de comparecerem às agências bancárias para realizar o processo. Existe a opção de o beneficiário contratar um procurador e cadastrá-lo no INSS, mas essa alternativa também exige que a pessoa tenha de sair de casa.
A pitoresca ;prova de vida; foi desenterrada em maio de 2012, após a atual gestão reunir indícios de que pagamentos estavam sendo feitos a pessoas mortas, além da constatação de benefícios distribuídos duas vezes para o mesmo contribuinte. ;Ninguém questiona a necessidade do recadastramento, mas esse processo precisa ser feito de forma mais humana;, comenta o professor da Universidade de Brasília (UnB) José Matias-Pereira, especialista em administração e finanças públicas.
Burocracia
O especialista defende ser claramente possível ter a informação de quem, de fato, não pode ir a uma agência bancária para garantir o benefício. ;Essas pessoas merecem um tratamento digno e a compreensão do Estado. Nada impede que elas recebam a visita de algum agente do banco ou do INSS em casa para o recadastramento;, sugere. ;O que não dá é para continuar criando dificuldades e sustentando uma burocracia ineficiente;, completa o professor.