Não foi só a Caixa Econômica Federal que lucrou com a operação contábil que permitiu ao banco aumentar artificialmente as receitas do balanço de 2012. Naquele ano, a instituição cancelou quase 500 mil cadernetas de poupança, nas quais identificou irregularidades de cadastro, e lançou o dinheiro como lucro. O artifício permitiu ao banco aumentar indevidamente o resultado final do exercício em mais de R$ 420 milhões, dinheiro que foi repassado ao seu acionista controlador, o governo federal, na forma de dividendos. O caso foi revelado em reportagem publicada pela revista IstoÉ.
[SAIBAMAIS]Levantamento do Correio mostra que os repasses do banco ao Tesouro Nacional, em 2012, somaram R$ 7,7 bilhões. No total, a manobra contábil inflou as receitas operacionais da Caixa em R$ 720 milhões. Isso significa que R$ 1 em cada R$ 10 repassados pela instituição ao governo veio de recursos confiscados de meio milhão de cadernetas. Em nota, a Caixa afirmou que o cancelamento das contas obedeceu às normas do Banco Central (BC). E acrescentou que o valor acrescido ao lucro representou 6,9% do total, portanto, foi ;irrelevante sob a ótica de distribuição dos dividendos;.
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