Maior trunfo dos governos petistas na economia, a taxa de desemprego em níveis historicamente baixos nos últimos anos vai encontrar um quadro menos favorável em 2014. Além do controle da inflação, a manutenção do pleno emprego e a melhoria da qualificação dos trabalhadores (veja matéria abaixo) serão os maiores desafios do Palácio do Planalto, sobretudo em razão da perda de fôlego das contratações na indústria.
Mesmo que não ocorra uma piora substantiva no mercado de trabalho no ano que começa amanhã, a continuidade dos indicadores recordes tende a ficar insustentável. Em novembro, a taxa de desemprego recuou para 4,6%, o mais baixo patamar desde 2002, quando a pesquisa oficial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) passou a adotar a atual metodologia. Ocorre que esse recorde refletiu, em maior medida, não o aumento da oferta de vagas, mas a redução do número de pessoas à procura de trabalho, que preferiram ficar na inatividade.
A criação de novos postos ainda é uma importante contribuição para a taxa geral, só que vem acontecendo em ritmo mais lento que o verificado no começo da década. No acumulado de 2013 até novembro, a geração de emprego com carteira assinada caiu quase 45% em relação a igual período de 2011, quando o indicador começou a dar sinais de fraqueza. O Ministério do Trabalho prevê a abertura líquida de 1,4 milhão de vagas formais neste ano, número bem menor que o de anos anteriores. Para reforçar essa tendência, a absorção pelos setor de comércio e serviços do pessoal liberado pelo setor industrial será menor daqui em diante.
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