Os preços do petróleo cotado em Nova York superaram a barreira simbólica dos US$ 100 nesta sexta-feira (27/12), principalmente graças ao anúncio de uma redução maior do que o previsto das reservas semanais de cru nos Estados Unidos.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do tipo "light sweet" (WTI) para entrega em fevereiro encerrou em alta de 77 centavos, em US$ 100,32. Desde 21 de outubro, essa foi a primeira vez que o nível dos 100 dólares foi superado na sessão.
Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte para entrega em fevereiro terminou a 112,18 dólares no Intercontinental Exchange (ICE), em alta de 20 centavos em relação ao fechamento eletrônico de quinta-feira. Às 14h (horário de Brasília), chegou a alcançar US$ 112,80, seu maior nível desde o início de dezembro.
O aumento do preço do WTI se apoia tanto no "avanço do S 500" e do mercado financeiro em geral, quanto na "tendência para queda das reservas de cru americanas", disse o analista Tim Evans, do Citi.
Segundo o Departamento americano de Energia, as reservas de cru perderam 4,7 milhões de barris (mb), a 367,6 milhões, na semana encerrada em 20 de dezembro, quando a previsão média dos especialistas interrogados pela agência Dow Jones Newswires estimava uma queda de 2,2 mb.
Nas três semanas anteriores, as reservas de ouro negro já haviam caído mais de 19 mb.
Um recuo nas reservas de petróleo no país que mais consome essa commodity é, normalmente, bem recebido pelos investidores, por ser interpretado como um sinal de vigor da demanda energética da primeira economia mundial.
As reservas de produtos destilados (diesel e combustível para calefação) diminuíram 1,9 mb, a 114,10 mb, superando as previsões dos analistas, que esperavam uma queda de 300 mil barris. Já as reservas de gasolina caíram em 600 mil barris, a 219,9 mb, surpreendendo os analistas, que antecipavam, em média, um aumento de 1 mb.
Os dados do DoE foram "positivos para os preços a todos os níveis", afirmou Tim Evans.