Bruxelas - Os ministros das Finanças da União Europeia chegaram a um acordo sobre uma união bancária que dará a Bruxelas novos poderes sem precedentes para evitar que a quebra de bancos arruíne a economia, disseram fontes oficiais.
"Temos um acordo", disse uma fonte do Ministério das Finanças francês depois de outro longo dia de duras conversas sobre as diferenças em relação a elementos chaves do novo sistema regulatório dos bancos.
"É um dia memorável #uniaobancaria. Acordo de Estados membros (...) começam negociações com o PE (Parlamento Europeu)", informou no Twitter o comissário europeu de Assuntos Financeiros, Michel Barnier, que impulsionou a união bancária desde 2012.Os ministros negociavam há várias semanas o segundo pilar da união bancária, o mecanismo de resolução cujo objetivo é liquidar ou resgatar um banco em dificuldades.
Previsto para 2016, este mecanismo será aplicado diretamente a pouco mais de 300 bancos, os mais importantes da zona do euro e às entidades transnacionais. Será criado um conselho de resolução que deverá decidir recapitalizar um banco ou liquidá-lo de forma ordenada.
Este mecanismo será complementado por um fundo de resolução que servirá para organizar o fechamento de um banco ou financiar sua reestruturação. A união bancária foi pensada como uma resposta à crise da dívida e à crise financeira que levaram inúmeros bancos à falência e deixou a Europa à beira do abismo, obrigada a aumentar sua dívida pública para resgatar o setor financeiro.