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Desorganização. Essa foi a principal reclamação de candidatos que fizeram, no último domingo, o concurso para professor da rede pública do Distrito Federal. O certame teve 79.239 inscritos e inúmeras denúncias de irregularidades. Ontem, começaram a ser publicadas na internet imagens do gabarito oficial. O Correio teve acesso a vídeos e fotos que mostram toda a movimentação nos locais onde os testes foram realizados. As secretarias de Administração Pública e da Educação do DF não confirmaram se a prova será cancelada. As pastas afirmaram ter aberto uma investigação interna e avisaram ter pedido ;esclarecimentos; do que ocorreu à organizadora do certame. Hoje pela manhã será realizada uma reunião para discutir quais procedimentos podem ser tomados a respeito do incidente.
Há fortes indícios de irregularidades na aplicação das provas, que mobiliou uma concorrência grande: foram pelo menos 98 inscritos para cada uma das 804 vagas abertas. Uma candidata que participou da disputa denuncia o total descaso da organizadora do certame, o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC). ;Entrei na sala e me entregaram um saco plástico para colocar o celular. Tirei as baterias e fiz o que pediram. Quando olhei para trás, tinha uma mulher com o celular na mão, olhando uma rede social. Foi um completo absurdo;, disse ela, pedindo anonimato.
Diante da falha, a professora pegou o próprio celular da bolsa e fez fotos dos concorrentes. Nenhum fiscal a interpelou ou pediu que guardasse o aparelho de volta. ;Foi daí que resolvi fazer o vídeo;, contou. Os relatos são de que vários telefones, que deveriam ter sido desligados antes do início dos testes, tocaram durante a hora da prova. ;Estudei, paguei cursinho e vi tudo isso. Fiquei muito mal;, desabafou.
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