O governo brasileiro não consegue fazer a economia necessária para pagar os juros da dívida e as contas públicas do país continuam se deteriorando. Em outubro, o superavit primário foi de R$ 6,2 bilhões, a metade do registrado no mesmo mês de 2012, quando chegou a R$ 12,4 bilhões, e o pior para o mês desde o início da série divulgada pelo Banco Central (BC), em 2001.
[SAIBAMAIS]No ano, o superavit primário somou R$ 51,2 bilhões, enquanto, até outubro de 2012, tinha sido de R$ 88,2 bilhões. O resultado é o mais baixo desde 2002, quando, de janeiro a outubro, foi de R$ 49,9 bilhões. Em 12 meses, o acumulado chegou a R$ 67,9 bilhões, equivalente a 1,44% do Produto Interno Bruto (PIB), portanto menor do que os R$ 74,1 bilhões, ou 1,58% do PIB observados em setembro, e muito abaixo dos 2,3% prometidos pela equipe econômica do governo.
De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, o índice da relação dívida PIB, de 1,44%, é o pior desde novembro de 2009, em plena crise mundial, quando foi de 1,38%. ;O foco para esse ano é chegar a R$ 73 bilhões. Para isso, o governo conta com o Refis e o leilão de Libra;, afirmou, se esquivando de responder sobre os 2,3% prometidos pelo governo.
A dívida líquida do setor público alcançou R$ 1,655 bilhão em outubro, 35,1% do PIB, com uma elevação de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior. Enquanto a dívida bruta do governo geral, que inclui o federal, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e governos estaduais e municipais, bateu os R$ 2,799 bilhões em outubro, ou 59% do PIB, elevando-se a 0,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior