Rosana Hessel
postado em 21/11/2013 12:16
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chamou os presidentes dos três maiores bancos privados do país para dar mais um recado fiscal para o mercado. O objetivo é reforçar ;a austeridade fiscal do governo;. A confiança na equipe econômica do governo Dilma Rousseff vem sendo minada dado o péssimo resultado das contas do governo central que acumulou um deficit recorde de R$ 10 bilhões.O governo pretende entregar, neste ano, um superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) de R$ 73 bilhões, que equivale a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), bem abaixo dos 2,4% da meta já reduzida. E a expectativa do mercado é que o esforço fiscal em 2014 será menor ainda porque trata-se de um ano eleitoral.
Para piorar, o cenário não anda nada animador quando o consumidor - que vem sendo a mola do crescimento econômico dos últimos anos - vê que a alta do custo de vida não está dando trégua, conforme comprovou a prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) nesta semana. O indicador da inflação oficial subiu 0,57% na primeira quinzena de novembro. No mesmo período do mês anterior, estava em 0,48%. Em 12 meses, a expansão foi de 5,78%.
Confirmaram para o encontro com Mantega, os presidentes do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, do Itaú Unibanco, Roberto Setúbal, e o presidente do Santander no Brasil, Jesús Zabalza. A reunião deve ocorrer a partir das 15h desta quinta-feira (21/11) no escritório do gabinete ministerial em São Paulo.