Sem bolha financeira
"Buscamos que a economia volte ao pleno emprego. Fizemos avanços, mas ainda não conseguimos", acrescentou Yellen, recordando que a taxa de desemprego estava acima de 8% de o Fed iniciar um novo ciclo de flexibilização há um ano.
Ela reconheceu que a política de dinheiro fácil favorece o aumento de preços das ações em Wall Street, mas negou que exista uma bolha financeira.
"Os preços das ações aumentaram fortemente, mas acredito que se você tomar as medidas tradicionais de avaliação (...), não consideraria que os preços das ações estão em um território que sugira as condições de uma bolha financeira", declarou Yellen à comissão bancária do Senado.
As políticas que pressionam as taxas de juros para baixo "provavelmente impulsionaram o mercado de ações em certa medida (...), mas também desempenharam um papel importante ajudando o setor imobiliário e o aumento dos preços das casas".
Em relação ao setor bancário, Yellen disse que evitar oferecer ajuda pública aos gigantes bancários em quebra foi "um dos objetivos mais importantes da época posterior à crise".
"O conceito de ser muito importante para quebrar provoca danos. Isso cria um risco moral e corrói a disciplina dos mercados", acrescentou.
Yellen também defendeu menores cortes orçamentários a curto prazo, apesar do objetivo a médio prazo ser reduzir os gastos.
"Uma política fiscal que não seja um freio para a economia tornaria a vida mais fácil", disse aos legisladores, que com seus cortes de gasto obrigatórios tornaram "a tarefa (do Fed) mais difícil".