Depois de incluir as operadoras de cartões de crédito no radar da fiscalização do governo, o Banco Central (BC) deve apertar ainda mais o cerco aos abusos cometidos por essas empresas e pelos bancos. Conforme avisou nessa quarta-feira (13/11) o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, a autoridade monetária poderá recorrer a medidas legais para ;disciplinar; a cobrança de tarifas e comissões ao consumidor. Hoje, há poucas regras que limitam a quantidade de encargos exigidos dos clientes, o que faz do cartão um dos meios de pagamento mais caros às pessoas físicas. Apenas os juros cobrados de quem atrasa a fatura e recorre ao rotativo podem ultrapassar os 600% ao ano, dependendo do perfil do cliente.
[SAIBAMAIS]O diretor do BC ressaltou que a instituição ;espera não ter que lançar mão; da prerrogativa de limitar ganhos e taxas cobradas nas operações com cartões, mas deixou claro que esse será o caminho adotado pelo governo caso as empresas desrespeitem a clientela. Mendes disse que, por enquanto, não há nenhuma definição quanto a novas restrições às operações com cartões, mas os sinais de alerta da autoridade monetária estão ligados. ;Hoje, o momento é de definição dos preceitos legais (da nova regulamentação) dos meios de pagamento;, ressaltou ele, durante palestra no Simpósio Brasileiro de Políticas Públicas para Comércio e Serviços (Simbracs).
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