A pressão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre os planos de saúde parece não assustar o setor. Apesar do histórico de punições do órgão regulador ; que, a cada três meses, proíbe as operadoras que desrespeitam o consumidor de comercializarem novos planos ;, 41 empresas que administram 150 convênios e atendem 4,1 milhões de pessoas infringiram as normas da ANS e foram punidas ontem. Dezenove delas já estavam suspensas desde o ciclo passado, em agosto. As associações que as representam resistem, no entanto, às sanções e um embate já se estende na Justiça há quase três meses para ganhar força a partir de agora.
[SAIBAMAIS]A suspensão da venda de convênios começa a valer a partir de segunda-feira. O problema, desta vez, atinge em cheio as companhias de grande porte. Dona de uma carteira com 4,8 milhões de beneficiários, a Amil Assistência Internacional é a operadora com mais planos proibidos de comercialização: 54. A Golden Cross, por sua vez, teve 10 convênios atingidos pela decisão da ANS. O grupo Unimed não ficou atrás. Oito cooperativas da empresa estão suspensas (veja quadro), totalizando 20 convênios e 1,1 milhão de usuários. As três operadores informaram que se manisfestariam por meio das entidades de classe às quais pertencem.
Apesar de ainda haver muitas reclamações dos clientes contra os planos de saúde, o diretor de fiscalização da ANS, Bruno Sobral, espera, futuramente, poder dar um voto de confiança às empresas. ;Quero que o número de suspensões diminua. E existe uma tendência de melhora;, pontuou. ;A agência foca menos em multa e mais na resolução do problema do ponto de vista do consumidor;, comemorou. Ele acrescentou ainda que, no último ano, houve um aumento no número de demandas dos consumidores que tiveram soluções adequadas.
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