Apesar desses números, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, classificou o IPCA de outubro como um ;bom resultado;, pois veio abaixo das expectativas do mercado ; a média das estimativas apontava para elevação de 0,60%. ;Foi um IPCA normal para esta época do ano, quando começa a ter aumento (no preço) de alimentos e produtos que estão na entressafra, como carnes;, afirmou Mantega. O governo comemorou com mais ênfase, porém, o fato de a inflação acumulada em 12 meses ter caído pelo quarto mês consecutivo, de 5,86% para 5,84%. No entender da equipe econômica, ainda é possível que a carestia neste ano fique abaixo da registrada no ano passado, de 5,84%.
Conforme a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, os alimentos voltaram a pesar na mesa dos brasileiros. No geral, esses produtos saíram de uma alta de 0,14% em setembro para 1,03% no mês passado, respondendo, com as bebidas, por 44% de toda a inflação de outubro. O grande vilão foi o tomate, com alta de 18,65%. O fruto havia se tornado o símbolo da inflação do governo Dilma Rousseff, mas, nos últimos meses, com a produção maior, os preços haviam cedido. Também as carnes e as massas engoliram parte do orçamento das famílias impactadas pelo dólar. Com a estiagem, o gado e os frangos são alimentados com ração de milho e soja, cujos preços são dolarizados. As massas e os pães levam trigo em sua composição. Quase a metade do cereal consumida no país é importada.
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