O governo está de mãos atadas. Diante da possibilidade de recessão técnica, com queda do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro e no quarto trimestres, a equipe econômica está sem alternativas para dar mais combustível ao crescimento. Tudo conspira contra. A política fiscal perdeu fôlego, e novos estímulos colocariam em xeque o rating soberano do país. A inflação, mesmo depois do aperto monetário iniciado em abril, continua resistente e obriga o Banco Central a travar a economia com juros cada vez mais altos. Além disso, os bancos freiam o crédito para as famílias, já muito endividadas.
[SAIBAMAIS]Nos bastidores, o Palácio do Planalto pede sangue frio, sobretudo diante das críticas à deterioração fiscal. Os técnicos, no entanto, reconhecem que a situação é ;mais do que preocupante;. ;Infelizmente, as margens de manobra se esgotaram;, admitiu um integrante da equipe econômica. A avaliação é de que a queda do PIB no terceiro trimestre, um consenso no mercado, pode se repetir na última etapa do ano. Até o momento, não há indicadores suficientes para confirmar o quadro que, caso se concretize, configuraria uma recessão técnica ; um desastre que, na véspera da eleição de 2014, pode atrapalhar os planos da presidente Dilma Rousseff de ser reconduzida ao comando do país.
A matéria completa está disponível aqui para assinantes. Para assinar, clique aqui.