Frankfurt am main - O Banco Central Europeu busca várias opções para combater a queda da inflação na zona do euro em sua reunião de quinta-feira (6/11), apesar de os especialistas não estarem de acordo sobre se o banco se limitará a simples declarações ou adotará medidas mais radicais, como a redução da taxa de juros ou uma injeção maciça de liquidez.
Parece claro que o BCE terá que reagir após o anúncio, na semana passada, de uma inflação de 0,7% na zona do euro em outubro, uma cifra muito distante do objetivo de menos de 2% que o banco central fixou.
O presidente da instituição, Mario Draghi, repete com frequência que o objetivo do BCE é a estabilidade monetária e a queda da inflação vai justamente contra esta estabilidade.
Por outro lado, apesar de sua lenta recuperação nos últimos meses, a economia da zona do euro continua em um momento ruim, com um nível de desemprego recorde (12,2% em setembro) e uma falta de crédito permanente, o que também justificaria novas medidas do BCE.
Injeção de liquidez ou queda das taxas
Segundo os especialistas uma opção seria a injeção maciça de liquidez, apesar de outros observadores acreditarem que o BCE poderia anunciar um empréstimo a taxas de juros baixos para os bancos da zona do euro (os chamados LTRO).
"É a opção que muitos atores preferem do mercado e muitos economistas", informam Jorg Kramer e Michael Schubert, do Commerzbank.
O BCE já realizou duas operações deste tipo, no final de 2011 e no começo de 2012, com o objetivo de estimular os bancos a emprestar mais às empresas e contribuir para reativar a economia.
Contudo, vários membros do conselho de diretores do BCE - o órgão que toma as decisões de política monetária - "não têm pressa para pôr em prática novos LTRO", afirma Ben May, da Capital Economics. As operações anteriores deste tipo não deram o resultado esperado.
Os analistas do Royal Bank of Scotland (RBS), Richard Barwell e Xinying Chen, acreditam que a instituição de Frankfurt poderia tomar medidas mais drásticas e reduzir sua taxa básica de juros.
Se não fizer isso, o conselho de diretores "dará a impressão de que se conforma com uma taxa de inflação muito longe de 2%", o que minaria sua credibilidade, segundo esses analistas.
A principal taxa de juros do BCE, fixada em 0,5% desde maio, está em seu nível mais baixo da história. Os analistas do RBS apostam em uma queda de 0,25%, e Howard Archer, do IHS Global Insight, também acha que é "uma opção muito real".
Contudo, o BCE costuma reduzir todas as taxas de juros de uma vez, o que também implicaria uma queda, considerada improvável, da taxa de depósito diária. Esta taxa, que está em 0% desde julho de 2012, fixa a remuneração do dinheiro que os bancos depositam no BCE. Se tivesse um valor negativo significaria que os bancos teriam que pagar para depositar seu dinheiro no BCE.
Outros analistas consideram que, se houver queda das taxas, será conjunta e em dezembro. "Não esperamos medidas esta semana", disse Clemente de Lucía, do BNP Paribas, que afirma que a maioria dos membros do conselho está contra.
Em dezembro, o BCE atualizará suas previsões de crescimento e inflação e seria um bom momento para anunciar uma mudança na taxa de juros.
Parece claro que o BCE terá que reagir após o anúncio, na semana passada, de uma inflação de 0,7% na zona do euro em outubro, uma cifra muito distante do objetivo de menos de 2% que o banco central fixou.
O presidente da instituição, Mario Draghi, repete com frequência que o objetivo do BCE é a estabilidade monetária e a queda da inflação vai justamente contra esta estabilidade.
Por outro lado, apesar de sua lenta recuperação nos últimos meses, a economia da zona do euro continua em um momento ruim, com um nível de desemprego recorde (12,2% em setembro) e uma falta de crédito permanente, o que também justificaria novas medidas do BCE.
Injeção de liquidez ou queda das taxas
Segundo os especialistas uma opção seria a injeção maciça de liquidez, apesar de outros observadores acreditarem que o BCE poderia anunciar um empréstimo a taxas de juros baixos para os bancos da zona do euro (os chamados LTRO).
"É a opção que muitos atores preferem do mercado e muitos economistas", informam Jorg Kramer e Michael Schubert, do Commerzbank.
O BCE já realizou duas operações deste tipo, no final de 2011 e no começo de 2012, com o objetivo de estimular os bancos a emprestar mais às empresas e contribuir para reativar a economia.
Contudo, vários membros do conselho de diretores do BCE - o órgão que toma as decisões de política monetária - "não têm pressa para pôr em prática novos LTRO", afirma Ben May, da Capital Economics. As operações anteriores deste tipo não deram o resultado esperado.
Os analistas do Royal Bank of Scotland (RBS), Richard Barwell e Xinying Chen, acreditam que a instituição de Frankfurt poderia tomar medidas mais drásticas e reduzir sua taxa básica de juros.
Se não fizer isso, o conselho de diretores "dará a impressão de que se conforma com uma taxa de inflação muito longe de 2%", o que minaria sua credibilidade, segundo esses analistas.
A principal taxa de juros do BCE, fixada em 0,5% desde maio, está em seu nível mais baixo da história. Os analistas do RBS apostam em uma queda de 0,25%, e Howard Archer, do IHS Global Insight, também acha que é "uma opção muito real".
Contudo, o BCE costuma reduzir todas as taxas de juros de uma vez, o que também implicaria uma queda, considerada improvável, da taxa de depósito diária. Esta taxa, que está em 0% desde julho de 2012, fixa a remuneração do dinheiro que os bancos depositam no BCE. Se tivesse um valor negativo significaria que os bancos teriam que pagar para depositar seu dinheiro no BCE.
Outros analistas consideram que, se houver queda das taxas, será conjunta e em dezembro. "Não esperamos medidas esta semana", disse Clemente de Lucía, do BNP Paribas, que afirma que a maioria dos membros do conselho está contra.
Em dezembro, o BCE atualizará suas previsões de crescimento e inflação e seria um bom momento para anunciar uma mudança na taxa de juros.