Dados preliminares do Ministério da Fazenda indicam números melhores para a economia do país no mês do outubro, que podem resultar em superávit próximo ao da meta estabelecida no início do ano para o Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social). Os cálculos são do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que garantiu hoje que as contas do setor devem fechar em melhor situação, em 2013.
Mantega, no entanto, avalia que estes estímulos tributários, com a redução de impostos para vários setores, vão se traduzir em ;empresas mais competitivas, que irão faturar mais;. Para ele, a retomada da atividade econômica que ocorre agora, vai trazer aumento de lucro e isso terá reflexo na arrecadação de impostos. ;Estamos em uma fase transitória e isso será percebido já nos próximos meses;.
Para o cumprimento da meta de todo o setor público, o ministro alerta que os governos regionais também devem ter empenho melhor e lembra que o governo federal tem diminuído os repasses para estados e municípios. Ele reforçou a importância da contribuição dos estados para o país atingir resultado primário de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), estimado no início do ano, ;Isto depende deles. Eu sempre garanti que o Governo Central faria a sua parte. Se os governos estaduais fizerem [a parte deles], nós alcançaremos [a meta]. Se não, essa será a diferença. Eles têm três meses para fazerem um [resultado] primário melhor;, avaliou.
Sobre os abatimentos, utilizados pelo governo para flexibilizar a meta, como os investimentos feitos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Mantega disse que o valor poderá ser elevado caso não aja o cumprimento da meta pelos estados e municípios. A previsão é de no mínimo R$ 45 bilhões. ;Temos autorização para fazer esse abatimento um pouco maior. Vai depender do resultado que obtivermos. Em princípio, R$ 45 bilhões. Se for necessário, abateremos mais. Depende do resultado de estados e municípios;.