Nova York - Wall Street aguarda ansiosamente a iminente entrada do Twitter na bolsa, a mais antecipada no mercado de ações desde o Facebook, que será uma enorme prova para as redes sociais e o setor tecnológico.
Não foi fixada uma data oficial, mas o Twitter deve entrar na bolsa na quarta-feira (6/11) para iniciar as negociações na quinta-feira (7/11), segundo alguns especialistas.
A companhia operará sob o símbolo "TWTR" no NYSE (New York Stock Exchange), evitando o Nasdaq, utilizado por grande número de companhias tecnológicas.
Há uma expectativa considerável pela oferta pública inicial de ações (IPO) porque o Twitter "é um produto único que ninguém pode duplicar", disse Michael Pachter, chefe de pesquisa patrimonial da Wedbush Securities.
Pachter e seus colegas disseram em um relatório que esperam uma elevada demanda. "Acreditamos que, provavelmente, o mercado gerará apetite por mais de 1 bilhão em ações", informaram. "As simples regras da oferta e da demanda de ações sugerem que, limitando a oferta de ações em seu IPO, o Twitter não poderá satisfazer a demanda", acrescentaram.
O Twitter parece ter aprendido a lição do desastre do Facebook em maio de 2012, marcado por problemas técnicos na operação, acusações sobre informações secretas e uma queda do valor das ações meses depois de sua IPO.
"A situação do Facebook no ano passado foi uma tormenta no superaquecido mercado privado, uma oferta completa de cotação, uma enorme quantidade de ações postas no mercado, tudo misturado com uma histórica falha técnica", disse Lou Kerner, fundador do Social Internet Fund. "É pouco provável que essa confluência de acontecimentos volte a ocorrer", informou.
Segundo sua última atualização, o Twitter buscará até 1,6 bilhão - um décimo do valor da IPO do Facebook - oferecendo 70 milhões de ações com preço entre 17 a 20 dólares.
Essa é porção uma relativamente pequena do capital do Twitter e implica um valor de mercado de entre 9,3 bilhões e 11,1 bilhões de dólares, uma cifra conservadora comparada com algumas das operações do Twitter no mercado privado até agora.
Os analistas afirmam que o Twitter, diferente do Facebook, não inundará o mercado, e isso, junto com uma demanda que excede a oferta, fará com que o preço aumente.
É possível que os primeiros investidores em ações do Twitter não obtenham no começo um valor máximo, mas podem se beneficiar com o tempo, de um aumento do preço das ações.
Plataforma de celebridades
É provável que o fato de que o Twitter seja uma plataforma chave para as celebridades, políticos e jornalistas, alimente o interesse.
Em sua apresentação a investidores, a companhia utilizou a mensagem de Barack Obama amplamente retuitado de "mais quatro anos" após sua reeleição em 2012 e destacou que um único tuíte do investidor Carl Icahn sobre a compra de ações da Apple movimentou o mercado.
Contudo, uma questão crucial é se o Twitter, assim como o Facebook, tem capacidade suficiente para monetizar sua plataforma.
O Twitter tem cerca de 232 milhões de usuários ativos no mundo, mas perdeu dinheiro de forma constante desde 2010, segundo documentos apresentados para sua IPO. As perdas somaram 133 milhões sobre receitas de 422 milhões nos primeiros nove meses do ano.
O Twitter fatura a maior parte de suas receitas com anúncios publicitários, fundamentalmente, na forma de "tuítes promocionais".
Um recente redesenho de sua tela abre a porta à inclusão de anúncios com desdobramentos maiores.
A empresa de investimento Sterne Agee mostra que "a ampla escala e profundo compromisso do usuário do Twitter abre valiosas oportunidades para que os anunciantes atuem como alavanca da plataforma". Os analistas disseram que o Twitter pode permitir que empresas anunciem gratuitamente ou paguem os tuítes promocionais e se beneficiem de quem estuda o target das pessoas se baseando em seus interesses e perfis.
"O Twitter tem um nicho de negócios que provavelmente não será utilizado por ;todos; vs. o Facebook, que essencialmente o é", disse um relatório do analista Brian Wieser, do Pivotal Reasearch Group.
"Contudo, ao mesmo tempo esperamos que os anunciantes continuem valorizando o Twitter por seus atributos únicos, pelos quais se pode esperar a obtenção de receita de fontes que buscam objetivos digitais", acrescentou.
Riscos de um modelo "não testado"
O relatório acrescenta que o Twitter enfrenta grandes riscos, incluindo "uma proposta de anúncios publicitários não testada, a perspectiva de grandes vaievéns na forma no sentimento dos investidores, crescentes dificuldades na rentabilidade dos negócios, vendas apressadas em um momento em que expiram os investimentos seguros (e) regulações do governo relacionadas fundamentalmente com a privacidade".
Ainda assim, Pivotal fixa uma meta para o preço de 29 dólares a ação, 46% acima da máxima da margem oferecida. Outros pontuam que é difícil avaliar o potencial financeiro do Twitter já que três quartos de seus usuários estão fora dos Estados Unidos, onde a publicidade digital está apenas tomando impulso.
"Muitos mercados publicitários internacionais estão atrás dos Estados Unidos em termos de maturidade do mercado digital", disse Hillside Partners, uma empresa de investimentos especializada em companhias tecnológicas.
Não foi fixada uma data oficial, mas o Twitter deve entrar na bolsa na quarta-feira (6/11) para iniciar as negociações na quinta-feira (7/11), segundo alguns especialistas.
A companhia operará sob o símbolo "TWTR" no NYSE (New York Stock Exchange), evitando o Nasdaq, utilizado por grande número de companhias tecnológicas.
Há uma expectativa considerável pela oferta pública inicial de ações (IPO) porque o Twitter "é um produto único que ninguém pode duplicar", disse Michael Pachter, chefe de pesquisa patrimonial da Wedbush Securities.
Pachter e seus colegas disseram em um relatório que esperam uma elevada demanda. "Acreditamos que, provavelmente, o mercado gerará apetite por mais de 1 bilhão em ações", informaram. "As simples regras da oferta e da demanda de ações sugerem que, limitando a oferta de ações em seu IPO, o Twitter não poderá satisfazer a demanda", acrescentaram.
O Twitter parece ter aprendido a lição do desastre do Facebook em maio de 2012, marcado por problemas técnicos na operação, acusações sobre informações secretas e uma queda do valor das ações meses depois de sua IPO.
"A situação do Facebook no ano passado foi uma tormenta no superaquecido mercado privado, uma oferta completa de cotação, uma enorme quantidade de ações postas no mercado, tudo misturado com uma histórica falha técnica", disse Lou Kerner, fundador do Social Internet Fund. "É pouco provável que essa confluência de acontecimentos volte a ocorrer", informou.
Segundo sua última atualização, o Twitter buscará até 1,6 bilhão - um décimo do valor da IPO do Facebook - oferecendo 70 milhões de ações com preço entre 17 a 20 dólares.
Essa é porção uma relativamente pequena do capital do Twitter e implica um valor de mercado de entre 9,3 bilhões e 11,1 bilhões de dólares, uma cifra conservadora comparada com algumas das operações do Twitter no mercado privado até agora.
Os analistas afirmam que o Twitter, diferente do Facebook, não inundará o mercado, e isso, junto com uma demanda que excede a oferta, fará com que o preço aumente.
É possível que os primeiros investidores em ações do Twitter não obtenham no começo um valor máximo, mas podem se beneficiar com o tempo, de um aumento do preço das ações.
Plataforma de celebridades
É provável que o fato de que o Twitter seja uma plataforma chave para as celebridades, políticos e jornalistas, alimente o interesse.
Em sua apresentação a investidores, a companhia utilizou a mensagem de Barack Obama amplamente retuitado de "mais quatro anos" após sua reeleição em 2012 e destacou que um único tuíte do investidor Carl Icahn sobre a compra de ações da Apple movimentou o mercado.
Contudo, uma questão crucial é se o Twitter, assim como o Facebook, tem capacidade suficiente para monetizar sua plataforma.
O Twitter tem cerca de 232 milhões de usuários ativos no mundo, mas perdeu dinheiro de forma constante desde 2010, segundo documentos apresentados para sua IPO. As perdas somaram 133 milhões sobre receitas de 422 milhões nos primeiros nove meses do ano.
O Twitter fatura a maior parte de suas receitas com anúncios publicitários, fundamentalmente, na forma de "tuítes promocionais".
Um recente redesenho de sua tela abre a porta à inclusão de anúncios com desdobramentos maiores.
A empresa de investimento Sterne Agee mostra que "a ampla escala e profundo compromisso do usuário do Twitter abre valiosas oportunidades para que os anunciantes atuem como alavanca da plataforma". Os analistas disseram que o Twitter pode permitir que empresas anunciem gratuitamente ou paguem os tuítes promocionais e se beneficiem de quem estuda o target das pessoas se baseando em seus interesses e perfis.
"O Twitter tem um nicho de negócios que provavelmente não será utilizado por ;todos; vs. o Facebook, que essencialmente o é", disse um relatório do analista Brian Wieser, do Pivotal Reasearch Group.
"Contudo, ao mesmo tempo esperamos que os anunciantes continuem valorizando o Twitter por seus atributos únicos, pelos quais se pode esperar a obtenção de receita de fontes que buscam objetivos digitais", acrescentou.
Riscos de um modelo "não testado"
O relatório acrescenta que o Twitter enfrenta grandes riscos, incluindo "uma proposta de anúncios publicitários não testada, a perspectiva de grandes vaievéns na forma no sentimento dos investidores, crescentes dificuldades na rentabilidade dos negócios, vendas apressadas em um momento em que expiram os investimentos seguros (e) regulações do governo relacionadas fundamentalmente com a privacidade".
Ainda assim, Pivotal fixa uma meta para o preço de 29 dólares a ação, 46% acima da máxima da margem oferecida. Outros pontuam que é difícil avaliar o potencial financeiro do Twitter já que três quartos de seus usuários estão fora dos Estados Unidos, onde a publicidade digital está apenas tomando impulso.
"Muitos mercados publicitários internacionais estão atrás dos Estados Unidos em termos de maturidade do mercado digital", disse Hillside Partners, uma empresa de investimentos especializada em companhias tecnológicas.