A troca de farpas nos últimos dias entre a presidente da Petrobras, Graça Foster, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em torno da necessidade de reajustar os preços da gasolina, é só uma amostra dos embates que vêm se acumulando dentro do governo, provocados pelas falhas de condução dos projetos de infraestrutura. A pressa da presidente Dilma Rousseff em viabilizar, até o começo de 2014, um ambicioso plano de concessões de rodovias, portos, aeroportos e ferrovias, em meio a todos os jogos de interesses, gerou desgastes entre as principais autoridades envolvidas.
Com obras emperradas, fraco desempenho da economia e crescente pressões da agenda eleitoral, os auxiliares do Planalto já não conseguem mais esconder suas diferenças. No duelo mais recente, a equipe econômica foi surpreendida pelo anúncio de nova fórmula para atualizar os preços dos combustíveis, com aumentos periódicos e automáticos, apresentada pela presidente da Petrobras.
A boa notícia evitou o tombo das ações da estatal no começo da semana. Mas o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou mudanças imediatas em favor do gatilho. ;A sugestão de Graça Foster é benéfica para a petroleira, sobretudo diante dos compromissos de investimento. Sua postura desafia o presidente do conselho de administração (Mantega), que tem um olho no lucro e outro no combate a inflação;, comentou Vinícius Carrasco, economista da PUC-Rio.
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