Jornal Correio Braziliense

Economia

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 143 bi na economia, diz Dieese

A quantia representa aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país

O pagamento do 13; salário deve injetar R$ 143 bilhões na economia brasileira até dezembro de 2013, de acordo com relatório divulgado nesta segunda-feira (28/10) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A quantia representa aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O salário será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive empregados domésticos, beneficiários da Previdência Social, e aos aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados. Para o cálculo, o Diesse não leva em conta os autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho.



Os dados apresentados constituem uma projeção do volume total de reais que é injetado na economia ao longo do ano e não necessariamente nos dois últimos meses de 2013. Entretanto, estima-se que a maior parte, cerca de 70% do total dos valores referentes ao 13;, seja paga no final do ano.

Os empregados do Distrito Federal deverão receber o maior valor médio pago pelo benefício, R$ 3.174. O menor irá para os estados do Maranhão e do Piauí, com média de R$ 1,1 mil. Esses valores não incluem aposentados pelo regime próprio dos estados.

O setor de serviços, incluindo administração pública, ficará com 60,1% do total destinado ao mercado formal. É o segmento que terá o maior benefício médio, R$ 2.314. Quase 20% serão destinados aos trabalhadores da indústria; 12,9%, aos do comércio; 5,2%, aos da construção civil e 2%, aos da agropecuária brasileira. Caberá ao setor industrial o segundo maior valor médio, equivalente a R$ 2.151. O menor décimo terceiro será pago a trabalhadores do setor primário: R$ 1.215.

O levantamento é baseado em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, além de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Ministério da Previdência e Assistência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional.

O estudo do Dieese não considera autônomos, assalariados sem carteira ou outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano. Também não há distinção de categorias que recebem parte do décimo terceiro antecipadamente, por definição de acordos ou convenções coletivas de trabalho. Os dados, portanto, constituem uma projeção do volume total que entra na economia ao longo do ano em razão do décimo terceiro salário. Estima-se, entretanto, que cerca de 70% dos valores sejam pagos no fim do ano.

Com informação da Agência Brasil