Rio de Janeiro ; O número de desempregados na região metropolitana de Salvador chegou a 189 mil em setembro deste ano, um crescimento de 54,7% em relação ao mesmo período do ano passado (122 mil). Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada nesta quinta-feira (24/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas, apenas Salvador teve alta na taxa de desemprego na comparação de setembro deste ano com o mesmo período do ano passado, enquanto as demais mantiveram estabilidade.
[SAIBAMAIS]A taxa na região metropolitana da capital baiana vem aumentando desde dezembro de 2012 e chegou a 9,3% em setembro deste ano (a maior do país). Em setembro de 2012, havia sido 6,2%. ;Entre setembro de 2012 e setembro de 2013, houve um aumento de mais de 50% no contingente de desocupados na região metropolitana de Salvador. É uma estatística que temos que continuar observando;, disse Azeredo. A pesquisa do IBGE mostra que a taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas brasileiras pesquisadas ficou em 5,4% em setembro. Na média dos nove primeiros meses do ano, a taxa de 5,6% é a menor da série histórica (iniciada em 2003). Em 2012, o índice havia sido 5,7%. ;Em termos de taxa de desocupação, 2013 se mostra muito similar ao ano de 2012;, disse o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo.
Entre os grupamentos de atividades, os trabalhadores domésticos foram os únicos que tiveram queda na comparação de setembro deste ano com o mesmo período do ano anterior (10,6%). Segundo a PME, houve redução de 164 mil postos de trabalho no serviço doméstico no período. Por outro lado, os empregos na educação, saúde e administração pública cresceram 3,8% entre setembro de 2012 e setembro deste ano, ou seja, 145 mil postos de trabalho a mais. Todos os demais ramos de atividade mantiveram estabilidade no período. Na comparação de setembro com agosto deste ano, todas as atividades apresentaram número de postos de trabalho estável.
A pesquisa constatou ainda que o rendimento médio real habitual do trabalhador brasileiro aumentou 1% de agosto para setembro deste ano e chegou a R$ 1.908, o maior valor da série histórica.