Jornal Correio Braziliense

Economia

Operação de guerra protege leilão do Campo de Libra, o maior do pré-sal

Exploração do petróleo deverá movimentar R$ 3,7 trilhões em 30 anos

Seja lá qual for o consórcio vencedor do leilão de hoje do Campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos (RJ), o desenvolvimento da exploração de petróleo e gás no país vai iniciar uma nova trilha, com repercussões no mercado global. Cercado por um forte esquema de segurança, com apoio do Exército, para barrar a presença de manifestantes contrários, e um mutirão da Advocacia-Geral da União (AGU) para cassar liminares da Justiça destinadas à suspensão, o certame terá sérios desdobramentos.



Para evitar transtornos, sobretudo diante da ameaça dos petroleiros contrários à privatização de Libra de invadirem o leilão, desde a madrugada de domingo, o Exército montou uma operação de guerra nas imediações do Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, onde ocorrerá o certame. A operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) vai até a meia-noite de hoje. Os militares estão equipados com escudos e armados com escopetas, lança-bombas de gás lacrimogêneo e armas com balas de borracha. Além das tropas federais do Exército, a segurança terá o reforço da Marinha do Brasil, da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Militar do Rio. O efetivo total é de 1,1 mil pessoas.

Os órgãos de segurança estão orientando a população a evitar a região, uma vez que postos de controle permitirão acesso exclusivamente de pessoas credenciadas e de moradores que tragam consigo um comprovante de residência. A polícia militar informou que os agentes vão operar em pelo menos 15 pontos de interceptação na Barra. A Secretaria Municipal de Transportes e a CET-Rio implantaram um esquema especial de trânsito. A área do hotel foi completamente interditada, com bloqueio na Avenida Lúcio Costa (na orla), entre as ruas John Kennedy e Deputado José da Rocha Ribas. Ônibus também tiveram os itinerários modificados. Hoje é feriado do comércio no Rio.