Os republicanos da Câmara de Representantes dos Estados Unidos apresentaram nesta terça-feira (15/10) uma versão modificada de um plano para aumentar o limite legal de endividamento do país até 7 de fevereiro, e reabrir serviços públicos até 15 de dezembro.
"A Câmara votará nesta noite para reabrir serviços e evitar um default" sobre a dívida dos Estados Unidos, declarou Michael Steel, porta-voz do presidente da Câmara, John Boehner.
Este projeto difere do apresentado na manhã desta terça-feira pelos republicanos da Câmara baixa, que buscam uma posição partidária conjunta. Essa iniciativa foi rejeitada pela Casa Branca.
Segundo este projeto, os serviços públicos federais seriam reabertos imediatamente, mas só até 15 de dezembro.
O teto da dívida seria elevado para que o Tesouro possa pedir empréstimos até 7 de fevereiro, mas o texto impede o Departamento do Tesouro de utilizar, como faz atualmente "medidas extraordinárias", uma vez vencido esse prazo. Isso transformaria o dia 7 de fevereiro em uma data limite fixa.
Os republicanos também incluíram um dispositivo que suprimiria os auxílios de saúde para os legisladores, seus colaboradores e responsáveis do Executivo, uma exigência do setor ultraconservador do Partido.
Os democratas rejeitam esse artigo que afetaria funcionários do Parlamento, alguns deles com salários modestos.
Em troca, a eliminação de um imposto sobre os aparelhos médicos, problemática em meio ao debate parlamentar de um projeto de lei de orçamento, foi eliminada.
Se o texto obtiver 217 votos, passaria ao Senado onde os democratas buscam evitar a aprovação de qualquer norma que afete de alguma forma a reforma da saúde impulsionada pelo presidente Barack Obama e seu governo e aprovada em 2010.