A partir de 17 de outubro, caso o Congresso não aprove a elevação do limite legal do endividamento, os Estados Unidos correrão o sério risco de entrar em ;default;. O G20 emitiu uma nota onde menciona explicitamente os Estados Unidos para pedir que adote "ações urgentes" visando resolver o problema da dívida.
O departamento do Tesouro advertiu que 17 de outubro é a data limite para a adoção de "medidas extraordinárias", após o teto do endividamento ser superado em maio.
Emergentes e políticas monetárias
Durante a Assembleia, os grandes países emergentes elevaram o tom contra os ajustes na política monetária do Federal Reserve, que devem ocorrer ainda este ano. Esta possibilidade tem provocado a fuga de capitais e instabilidade nas moedas dos emergentes, a exemplo de Brasil, Índia e Turquia.
Segundo o Comitê Financeiro do FMI, os países desenvolvidos precisam ajustar suas políticas monetárias no momento certo e comunicar seus planos para não alterar o sistema financeiro mundial.
Enquanto o Federal Reserve (Fed) prepara a redução de seu programa de estímulos, e os bancos centrais de outras economias avançadas muito provavelmente o seguem nesta "normalização" das políticas de crédito, a instância política do Fundo pede que ajam com cuidado.
"A eventual transição para a normalização da política monetária no contexto de um crescimento fortalecido e sustentável deve se fazer no tempo certo, calibrada cuidadosamente e comunicada claramente", destaca um comunicado do Comitê Financeiro (IMFC, sigla em inglês).
Isto ajudaria a "paliar riscos e a administrar" impactos negativos, estimou o IMFC após se reunir neste sábado, por ocasião da Assembleia do FMI e do Banco Mundial em Washington.
Os mercados financeiros, que recebem altos volumes de dinheiro do Fed, vivem há várias semanas na expectativa de saber quando o Federal Reserve fechará suas torneiras.
"Os recentes acontecimentos no mercado financeiro (...) são um indicador do tipo de desafio que poderá se apresentar quando, efetivamente, começar o processo", assinalou o ministro indiano das Finanças, Palaniappan Chidambaram.
Na sexta-feira, o grupo das maiores economias mundiais e dos países emergentes, o G20, ressaltou suas preocupações com os ajustes monetários. Durante um painel de trabalho, o vice-diretor do Banco Central chinês, Yi Gang - cuja entidade possui trilhões de dólares em bônus americanos - disse: "estamos acompanhando a situação de perto".