Jornal Correio Braziliense

Economia

Ex-patrão do FMI diz estar disposto a ajustar a economia Sérvia

Ao lado do vice-primeiro-ministro Aleksandar Vucic, Strauss-Kahn traçou um panorama sombrio da situação econômica da Sérvia

Belgrado - O ex-diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn, que aceitou assessorar o governo sérvio, afirmou nesta terça-feira que fará o possível para retirar a economia do país da crise, mas não prometeu milagres. Ao lado do vice-primeiro-ministro Aleksandar Vucic, Strauss-Kahn traçou um panorama sombrio da situação econômica da Sérvia. "Há problemas reais, mas penso que é possível encontrar soluções", disse Strauss-Kahn.

[SAIBAMAIS]A economia sérvia registrou contração de 1,7% do PIB em 2012, o desemprego atingiu 24% e a dívida supera 60% do PIB. O ex-diretor do FMI explicou que chegou ao governo sérvio pelas mãos do presidente do Banco Arjil, Wladimir Moloff, que tem contrato com Belgrado e que pediu entrasse para a equipe. DSK prosseguirá em reuniões na quarta-feira em Belgrado para tentar entender melhor os problemas do país.



Durante os três primeiros meses não receberá qualquer remuneração. "Veremos depois qual será o acordo financeiro com o governo sérvio", disse. Ao ser questionado sobre os problemas judiciais do novo assessor, Vucic disse que se interessa apenas pela competência de Strauss-Kahn na área econômica. Strauss-Kahn renunciou ao cargo no FMI em 2011 depois de ser acusado de tentativa de estupro por uma camareira de um hotel de Nova York.

Na França, os juízes decidiram processá-lo por "proxenetismo com agravante" em um caso de prostituição em um hotel de Lille (norte). "Não nos envergonhamos de dizer que sabe mais de economia que todos nós e que tem mais contatos no mundo das finanças em sua agenda que todos nós juntos", afirmou Vucic.